Raramente as pessoas percebem que têm, mas a doença prejudica a qualidade de vida e pode ser
responsável por acidentes no trânsito e no trabalho.
responsável por acidentes no trânsito e no trabalho.
De 2 a 4% da população têm apnéia do sono. Entre os hipertensos, o índice pode chegar a
30%, já que a apnéia é fator de risco. O mais comum distúrbio respiratório do sono é
ocasionado pela obstrução da faringe, que possui causas diversas, entre as quais a obesidade.
Quando acometido pela doença, o paciente tem a entrada de ar no nível da garganta obstruída
diversas vezes durante a noite, por períodos de pelo menos 10 segundos – mas que podem
chegar a um minuto –, o que impede que o sono seja saudável e o corpo realmente descanse.
Além disso, apresenta sintomas incômodos, tais como o ronco habitual e a sonolência diurna.
"Não é um ronco normal", alerta dr. Geraldo Lorenzi Filho, da Sociedade Paulista de
Pneumologia e Tisiologia, médico da disciplina de pneumologia do Hospital das Clínicas
e diretor do Laboratório do Sono do InCor. "O ronco do paciente que tem apnéia é mais
alto e mais irregular", conta, referindo-se a um ronco que ocorre na maior parte dos dias da
semana e durante quase toda a noite.
A sonolência provocada pela doença também é relevante. Deve-se à impossibilidade
do sono aprofundar-se devido às apnéias e pode ser acompanhada de dificuldades
relativas à memória e à concentração. "Este sintoma se revela claramente nas
pessoas que sempre dormem e estão sempre querendo dormir ainda mais. Claro que a
sonolência pode ter muitas outras causas, mas, se acompanhada de ronco intenso
e habitual, são grandes as chances de ser resultado da apnéia", esclarece a dra. Sônia
Togeiro, pneumologista, pesquisadora do Instituto do Sono e professora
responsável pelo curso de Especialização em Medicina do Sono da UNIFESP.
O exame que diagnostica a doença é a polissonografia – estudo do sono –
em que o paciente é analisado pelos especialistas enquanto dorme. Segundo a
dra. Sônia, há gravidades diferentes da doença, determinadas em função número
de apnéias registradas no exame de polissonografia e da intensidade da
sonolência. "Quanto maior o número de apnéias e quanto mais intensa a
sonolência provocada, mais grave a apnéia".
Dr. Geraldo explica que, em todas as pessoas, a musculatura relaxa durante
o sono, mas apenas nos que possuem fatores específicos isto se traduz em
obstrução da passagem de ar. "São várias possibilidades: obesidade,
garganta estreita, queixo retraído e outras alterações da anatomia".
A anormalidade do ronco e da sonolência e, em quadros mais adiantados,
a perda de memória e dificuldades de concentração são motivos suficientes
para a procura de um médico, especialmente em casos de obesidade ou
hipertensão arterial (pressão alta).
Há pacientes que sofrem as conseqüências da apnéia durante décadas e não
procuram o especialista. "A maior parte das pessoas não percebe que tem a doença,
pois acaba habituando-se aos sintomas", afirma dr. Geraldo. "Em geral, somos
procurados pelas esposas, que não conseguem conviver com o ronco alto",
acrescenta dra. Sonia.
A apnéia pode ser mais grave a ponto de prejudicar seriamente a qualidade de vida
do paciente, trazendo incômodos, como dificuldades de memória e concentração,
problemas sexuais, tendência a engordar, e ocasionando acidentes de trânsito e trabalho.
Nas versões mais leves, atitudes simples – como perder peso e evitar bebidas
alcoólicas e medicamentos para dormir (hipnóticos) – podem resolver o problema
definitivamente.
Outra possibilidade, destacada pelo dr. Geraldo, é a utilização de uma prótese que
avança a mandíbula do paciente, possibilitando a passagem do ar. Este é um
aparelho ortodôntico que, ao avançar a mandíbula, reposiciona a língua, com
função semelhante à da prótese. Existem, ainda, as cirurgias, mas costumam ser
eficientes somente em crianças.
O tratamento nos casos moderados e graves se baseia em um equipamento
chamado CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Trata-se de uma máscara
de uso noturno, acoplada a um aparelho de pressão positiva, que gera e envia
fluxo de ar, abrindo a faringe e possibilitando a normalização da respiração.
A pressão positiva gerada pela CPAP impede que a faringe se feche durante
o sono nos pacientes com apnéia, que, com o uso do aparelho, passam a ter
um sono normal e reparador.
Fonte: ABN – Agencia Brasileira de Notícias
30%, já que a apnéia é fator de risco. O mais comum distúrbio respiratório do sono é
ocasionado pela obstrução da faringe, que possui causas diversas, entre as quais a obesidade.
Quando acometido pela doença, o paciente tem a entrada de ar no nível da garganta obstruída
diversas vezes durante a noite, por períodos de pelo menos 10 segundos – mas que podem
chegar a um minuto –, o que impede que o sono seja saudável e o corpo realmente descanse.
Além disso, apresenta sintomas incômodos, tais como o ronco habitual e a sonolência diurna.
"Não é um ronco normal", alerta dr. Geraldo Lorenzi Filho, da Sociedade Paulista de
Pneumologia e Tisiologia, médico da disciplina de pneumologia do Hospital das Clínicas
e diretor do Laboratório do Sono do InCor. "O ronco do paciente que tem apnéia é mais
alto e mais irregular", conta, referindo-se a um ronco que ocorre na maior parte dos dias da
semana e durante quase toda a noite.
A sonolência provocada pela doença também é relevante. Deve-se à impossibilidade
do sono aprofundar-se devido às apnéias e pode ser acompanhada de dificuldades
relativas à memória e à concentração. "Este sintoma se revela claramente nas
pessoas que sempre dormem e estão sempre querendo dormir ainda mais. Claro que a
sonolência pode ter muitas outras causas, mas, se acompanhada de ronco intenso
e habitual, são grandes as chances de ser resultado da apnéia", esclarece a dra. Sônia
Togeiro, pneumologista, pesquisadora do Instituto do Sono e professora
responsável pelo curso de Especialização em Medicina do Sono da UNIFESP.
O exame que diagnostica a doença é a polissonografia – estudo do sono –
em que o paciente é analisado pelos especialistas enquanto dorme. Segundo a
dra. Sônia, há gravidades diferentes da doença, determinadas em função número
de apnéias registradas no exame de polissonografia e da intensidade da
sonolência. "Quanto maior o número de apnéias e quanto mais intensa a
sonolência provocada, mais grave a apnéia".
Dr. Geraldo explica que, em todas as pessoas, a musculatura relaxa durante
o sono, mas apenas nos que possuem fatores específicos isto se traduz em
obstrução da passagem de ar. "São várias possibilidades: obesidade,
garganta estreita, queixo retraído e outras alterações da anatomia".
A anormalidade do ronco e da sonolência e, em quadros mais adiantados,
a perda de memória e dificuldades de concentração são motivos suficientes
para a procura de um médico, especialmente em casos de obesidade ou
hipertensão arterial (pressão alta).
Há pacientes que sofrem as conseqüências da apnéia durante décadas e não
procuram o especialista. "A maior parte das pessoas não percebe que tem a doença,
pois acaba habituando-se aos sintomas", afirma dr. Geraldo. "Em geral, somos
procurados pelas esposas, que não conseguem conviver com o ronco alto",
acrescenta dra. Sonia.
A apnéia pode ser mais grave a ponto de prejudicar seriamente a qualidade de vida
do paciente, trazendo incômodos, como dificuldades de memória e concentração,
problemas sexuais, tendência a engordar, e ocasionando acidentes de trânsito e trabalho.
Nas versões mais leves, atitudes simples – como perder peso e evitar bebidas
alcoólicas e medicamentos para dormir (hipnóticos) – podem resolver o problema
definitivamente.
Outra possibilidade, destacada pelo dr. Geraldo, é a utilização de uma prótese que
avança a mandíbula do paciente, possibilitando a passagem do ar. Este é um
aparelho ortodôntico que, ao avançar a mandíbula, reposiciona a língua, com
função semelhante à da prótese. Existem, ainda, as cirurgias, mas costumam ser
eficientes somente em crianças.
O tratamento nos casos moderados e graves se baseia em um equipamento
chamado CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Trata-se de uma máscara
de uso noturno, acoplada a um aparelho de pressão positiva, que gera e envia
fluxo de ar, abrindo a faringe e possibilitando a normalização da respiração.
A pressão positiva gerada pela CPAP impede que a faringe se feche durante
o sono nos pacientes com apnéia, que, com o uso do aparelho, passam a ter
um sono normal e reparador.
Fonte: ABN – Agencia Brasileira de Notícias
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